Telas e Infância: Cuidados no Uso de Dispositivos Digitais
Nos últimos anos, muitos pais têm se perguntado qual é a melhor forma de lidar com o uso de telas pelas crianças. Vivemos em um mundo onde a tecnologia está cada vez mais presente, oferecendo novas formas de aprendizado e conexão. No entanto, o uso excessivo ou sem orientação pode prejudicar o desenvolvimento infantil, afetando aspectos como sono, atenção, linguagem e habilidades sociais.
O Guia sobre o uso de dispositivos digitais por crianças e adolescentes, elaborado pelo Governo Federal, orienta sobre como equilibrar esse uso. Ele destaca que é importante observar o tempo, o conteúdo e o contexto em que as telas são usadas. A recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria, por exemplo, é evitar o uso de telas antes dos 2 anos, com exceção de videochamadas com familiares. Para crianças maiores, é necessário supervisionar o tempo de uso e estabelecer limites.
Mais do que proibir, é fundamental mediar o uso. O exemplo dos adultos é essencial, pois se os pais estão constantemente conectados, as crianças tendem a imitar esse comportamento. Algumas dicas para equilibrar o uso incluem: evitar usar as telas como recompensa ou calmante, preferir conteúdos educativos, estar presente durante o uso e incentivar brincadeiras offline e momentos ao ar livre.
Cada criança é única, e a relação com as telas pode variar de acordo com idade, temperamento e rotina familiar. A chave para um uso saudável da tecnologia está em oferecer presença, cuidado e escuta. A tecnologia pode fazer parte do dia a dia, mas não substitui o afeto e a construção de vínculos reais. Se tiver dúvidas sobre o tema, procurar um psicólogo pode ajudar a sua família a encontrar um equilíbrio saudável.
Referência:
Brasil. Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. Guia sobre usos de dispositivos digitais por crianças e adolescentes. Brasília: SECOM, 2025. Disponível em: https://www.gov.br/secom