Burnout: o que é, causas e como cuidar
Burnout é o termo usado para nomear uma síndrome caracterizada pelo esgotamento físico, emocional e mental relacionado ao trabalho excessivo e ao estresse crônico. Alguns de seus principais sintomas são exaustão emocional e/ou física, apatia e embotamento afetivo (dificuldade de sentir), desmotivação, irritabilidade, queda na produtividade e dificuldade de realizar tarefas cotidianas.
É importante entender que o burnout não é um adoecimento que ocorre apenas por características pessoais/individuais e que não está isolado do contexto e das condições sociais e de trabalho, pelo contrário, algumas práticas organizacionais, a cultura da hiperprodutividade e as desigualdades sociais e raciais são fatores que influenciam e estimulam seu desenvolvimento. A vivência e o impacto do burnout acontecem de formas diferentes em cada grupo social, visto que níveis distintos de opressão, discriminação e sobrecarga são destinados a cada marcador social (raça, gênero, classe, orientação sexual, entre outros).
É preciso se atentar e questionar práticas culturais que valorizam o excesso de trabalho e negligenciam o cuidado. A priorização de pausas e descansos adequados, valorização do autocuidado e o equilíbrio entre a vida pessoal e o trabalho são alguns dos recursos que podem ser utilizados para prevenir o adoecimento ou cuidar dos efeitos gerados por ele.
O burnout não afeta apenas a vida profissional, mas também as relações familiares e sociais, e é um alerta em relação à necessidade de mudanças nas condições de trabalho e/ou no estilo de vida. Nesses casos, é importante buscar o suporte e acompanhamento de profissionais especializados para acompanhamento psicológico.