O que significa o termo workaholic?
O termo workaholic é usado para se referir a pessoas que trabalham excessivamente e de forma compulsiva, muitas vezes em detrimento da própria saúde física/mental e das relações sociais/interpessoais. A principal diferença entre uma pessoa workaholic e a pessoa que é apaixonada pelo que faz está na dificuldade de pôr limites em atividades relacionadas ao trabalho e de se desligar dele quando está em outros ambientes e situações, como em momentos familiares por exemplo.
Vivemos um momento sociocultural em que a produtividade extrema é valorizada e estimulada o tempo inteiro, seja em ambientes de trabalho ou nas redes sociais. A cultura capitalista e colonizadora impõe um ritmo de vida acelerado e desumanizante, valorizando e romantizando o “fazer” incessante e invisibilizando o direito ao descanso, ao lazer e à saúde. Vale ressaltar que a relação individual com o trabalho é atravessada por diversas camadas sociais que impactam diretamente o acesso que cada pessoa tem ao direito de descansar.
É preciso desnaturalizar a falta de tempo e o excesso de trabalho para conseguir ver a possibilidade de viver de outros modos, em diferentes velocidades e de formas plurais. Quando o trabalho deixa de ser parte da vida e passa a ocupar a vida por inteiro, prejudicando outras áreas, a relação com ele deixou de ser saudável e passou a ser compulsiva, podendo acarretar em danos para a saúde física e mental.
Estresse crônico, ansiedade, burnout, isolamento social, transtornos do sono e problemas físicos decorrentes da exaustão constante são alguns efeitos possíveis de serem causados pelo excesso de trabalho e workaholismo. Para manter uma relação saudável com o trabalho é necessário fazer pausas regulares, descansar de forma efetiva, manter práticas de autocuidado e investir no desenvolvimento de hábitos que tragam equilíbrio para a rotina, como ter noites de sono de qualidade, alimentação nutritiva e praticar atividades físicas.