Comportamento impulsivo no TDAH: desafios e caminhos possíveis
A impulsividade é uma das características mais marcantes do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Ela se manifesta de várias formas: dificuldade em esperar a vez, interromper conversas, tomar decisões precipitadas, reagir sem refletir e até envolver-se em comportamentos de risco. Embora muitas vezes seja vista apenas como “falta de controle”, a impulsividade no TDAH também tem raízes neurobiológicas e está relacionada a alterações nas funções executivas do cérebro, responsáveis por planejar, inibir respostas e avaliar consequências de ações.
A pesquisa realizada por Silva no ano de 2002, aponta que em crianças, a impulsividade pode aparecer no comportamento escolar e nas relações com colegas, causando conflitos ou dificuldades de aprendizado. Já em adultos, tende a gerar consequências mais sérias, como trocas frequentes de emprego, dificuldades nos relacionamentos, uso problemático de substâncias e até maior risco de acidentes de trânsito. Isso acontece porque, sem acompanhamento adequado, os prejuízos funcionais da impulsividade podem se acumular ao longo da vida.
O ponto central é que agir de forma impulsiva não significa falta de caráter ou má vontade, mas sim um sintoma complexo que precisa ser cuidado. O tratamento do TDAH envolve diferentes estratégias, que podem incluir medicação e psicoterapia. A psicologia pode auxiliar o sujeito em sofrimento a reconhecer seus gatilhos, desenvolver estratégias para pausar antes de agir e lidar melhor com as emoções. Isso traz benefícios não só para o autocontrole, mas também para a qualidade dos relacionamentos.
Com o acompanhamento adequado, é possível reduzir os impactos da impulsividade e construir um caminho para ter mais qualidade de vida.
Referências
BENTO, Igor. Impulsividade no Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. 2019.
SILVA, M. M. et al. Revisão bibliográfica: TDAH em adultos. Brazilian Journal of Development, Curitiba, v. 8, n. 4, p. 29571-29578, abr. 2022. DOI: 10.34117/bjdv8n4-444. Disponível em: https://doi.org/10.34117/bjdv8n4-444. Acesso em: 18 ago. 2025.