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O que é LGBTfobia e como isso afeta a saúde mental?

23/06/2025

Saúde Mental

O que é LGBTfobia e como isso afeta a saúde mental?
Quais são as consequência da LGBTfobia na vida da populção? Debateremos esse tema no artigo de hoje. Psicóloga Jéssica

O que é LGBTfobia e como isso afeta a saúde mental?

O termo LGBTfobia é usado para classificar pensamentos, falas e atitudes que direcionam preconceitos e descriminação à comunidade LGBTQIA+, ou seja, direcionados a pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, queer, intersexuais, assexuais e demais orientações sexuais e identidades de gênero que não se encaixem na cis hetero normatividade. A LGBTfobia é estrutural e se enraizou socialmente através de regras que privilegiam e naturalizam a heterossexualidade e a cisgeneridade como padrão e referência, tendo essa lógica reforçada historicamente por discursos religiosos, culturais e até mesmo médicos.

Existem muitas formas da LGBTfobia se expressar, como por agressões físicas ou verbais, discriminação no trabalho, rejeição familiar, exclusão social, invasão de privacidade e violência sexual. Algumas vezes podem aparecer de forma mais sutil, como em “brincadeiras” e “piadas” que deslegitimam, ridicularizam ou desvalorizam a pessoa por sua identidade de gênero ou orientação sexual.

Pessoas que passam por essas situações de violência ficam mais vulneráveis a sofrimentos psíquicos, como transtorno de ansiedade, depressão, transtorno de estresse pós-traumático, baixa auto estima, comportamentos de automutilação e ideação suicida. O estresse crônico causado pela LGBTfobia pode acarretar no surgimento de sintomas, como insônia, inquietação, dificuldade de concentração, esgotamento mental, tristeza profunda, dificuldade em sair de casa, isolamento social, falta de ar, suor excessivo, pessimismo e perda do sentido da vida.

O suporte familiar, social, institucional e psicoterapêutico é fundamental para reduzir os efeitos negativos da LGBTfobia. Ambientes acolhedores e respeitosos proporcionam segurança e promovem a resiliência, fortalecem a identidade e melhoram a saúde mental das pessoas LGBTQIA+. A terapia, além de auxiliar a lidar com os efeitos negativos da LGBTfobia, também pode oferecer recursos importantes para a promoção da saúde mental, do autoconhecimento, da auto valorização, da auto afirmação e da auto estima.
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